PARTE III - Alberto Mansur
Iniciado na Maçonaria em 1950, somente em 1970 tive a oportunidade de conhecer, através da leitura do "The New Age - Junho de 1969", comemorativo do cinqüentenário da Ordem DeMolay, o importante trabalho em favor da juventude, feito pela Maçonaria, patrocinando a Ordem DeMolay.
Esse conhecimento despertou em mim o sonho de trazer para o Brasil essa Organização, que viria a preencher uma lacuna existente na tradicional maçonaria brasileira, que se traduzia na absoluta ausência de jovens dentro de nossa fraternidade.
Tentei alguns contatos com o Supremo Conselho Internacional sem resultados, até que em meados de 1974 tive a honra de conhecer pessoalmente, no Rio de Janeiro, o Ilustre e saudoso Ir. George A. Newbury 33º Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho R.E.E.A. que participava da VII Reunião dos Soberanos Grandes Comendadores das Américas, e a quem confiei o meu desejo sobre a fundação da Ordem DeMolay no Brasil.
Após o seu regresso aos Estados Unidos da América, recebi carta do Supremo Conselho Internacional e as primeiras medidas para tornar realidade meu sonho realidade começaram a se delinear. Como Soberano Grande Comendador A.A.S.R. no Brasil, anunciava como meta prioritária de minha Gestão a Fundação da Ordem DeMolay no Brasil. Comecei um grande trabalho de divulgação da Ordem DeMolay o que despertou a atenção e o interesse de muitos maçons, conseguindo desse modo bons colaboradores para a Obra.
Cinco anos se passaram sem que uma atitude mais positiva por parte do Supremo Conselho Internacional fosse tomada, até o dia que tive a felicidade de encontrar em Boston, no ano de 1979, o então Grão Mestre Internacional, C. C. "Buddy"Falkner 33º, Grande Líder e entusiasta da Ordem DeMolay e que imediatamente confiou em mim, autorizando-me a fundar a Ordem DeMolay no Brasil e me nomeando Oficial Executivo.
Comecei a tradução para o Português dos Rituais. Tornando realidade meu sonho, com a força que tem todos os sonhos, instalamos o primeiro Capítulo da Ordem DeMolay no Brasil, no Rio de janeiro, no dia 16 de agosto de 1980, com 59 candidatos e tendo como patrocinador o Supremo Conselho do Grau 33º, R.E.A.A. do Brasil, tendo a felicidade de ver meu próprio filho, Jorge Alberto Mansur, como Mestre Conselheiro, concretizando minha aspiração de trazer os jovens para nosso convívio, realização impraticável de outra forma.
Em 12 de Abril de 1985 quando recebemos a visita do Grande Mestre Internacional Don W. Wright, 33º, para a Instalação do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, existiam 26 Capítulos com mais de 3.000 iniciados. Atualmente ao completar 16 anos de atividades temos 282 Capítulos funcionando com cerca de 25.000 jovens. Levando em conta uma média de 10 Consultores por Capítulo, temos hoje 2.800 Consultores! já podemos afirmar que muitos DeMolays, ao completarem 21 anos de idade, já ingressaram na Maçonaria, trazendo a renovação necessária. Temos alguns Capítulos em cidades que fazem fronteiras com Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia, tendo sido iniciados vários jovens desses países, havendo possibilidade em futuro próximo da instalação da Ordem DeMolay nessas jurisdições.
Creio que o crescimento que tivemos se baseia no fato de que a Ordem DeMolay vem realmente ocupar um espaço desejado e sonhado por toda a sociedade, e que não tem similar em outras organizações. É nesse aspecto fundamental que temos procurado ressaltar, e acredito residir aí a fórmula do sucesso. Para esse fim temos buscado o imprescindível apoio dos Grãos Mestres Brasileiros. Muitos dos quais exercem hoje simultaneamente o cargo de Oficial Executivo para o seu Estado.
Acreditamos também que a melhor divulgação da Ordem DeMolay é a que é feita pelos próprios jovens. Para essa finalidade instituímos um trabalho de apresentação feito diretamente nas Lojas Simbólicas em seu dia normal de sessão. A participação das esposas dos Maçons tem sido fundamental, não apenas como responsáveis pelos bolos e salgadinhos nas festividades, mas como ativas participantes do movimento. Insistimos para que usem a palavra nas Loja, que apresentem idéias, e que discutam e opinem nas várias atividades do grupo.
A Ordem DeMolay apresenta dois aspectos fundamentais e de grande importância na sociedade contemporânea: A luta pela manutenção das Escolas Públicas - base essencial para qualquer desenvolvimento posterior, e a promessa da construção de um novo mundo com o melhor preparo de nossa juventude, que um dia assumirá o comando de todas as atividades.
Desde os primeiros momentos procurei associar de forma bem destacada o envolvimento da Maçonaria com a Ordem DeMolay, nesse objetivo de transformar o futuro, buscando o aperfeiçoamento da juventude, mantendo acesa a chama do bem que existe em germe na natureza humana e especialmente no coração de todos os jovens, e porque verifiquei que esse ideal despertava o entusiasmo na sociedade e que inúmeros auxiliares surgiam para ajudar na tarefa.
É importante considerar que ao ressaltarmos esse patrocínio da Maçonaria, deixamos bem claro também que a Ordem DeMolay não é restrita a filhos de Maçons ou parentes de Maçons, e sim que essa tem suas portas abertas a todos os interessados.
Atualmente a Ordem DeMolay já conta com o reconhecimento por lei, como Entidade de Utilidade Pública, e por Lei Municipal e Estadual no Rio de Janeiro, já tem o dia 18 de Março oficialmente como o "Dia da Juventude e da Ordem DeMolay do Brasil".
Em Assembléia da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB) realizada, na tese "REVITALIZAÇÃO DA MAÇONARIA", a Ordem DeMolay foi incluída como peça fundamental para atingir esse objetivo. Muitos Grãos Mestres já oficializaram a isenção de taxas para a iniciação de Senior's DeMolays na Maçonaria, concedendo-lhes os mesmos privilégios que possuem os "Lowtons".
Neste ano comemoramos 107 anos de nascimento de Frank Sherman Land, esse inspirado Benfeitor da Humanidade, fundador da Ordem DeMolay, que continua decorridos 77 anos inspirando jovens em várias partes do Mundo.
O Sonho de Frank S. Land continua vivo, e se constitui ao nosso ver o Grande Baluarte em que deve se apoiar a Maçonaria, com visitas a seus planos para o século que se aproxima, esforçando-se para preparar homens melhores para um mundo melhor!
Por:
Alberto Mansur - Grande Mestre da Ordem DeMolay
CAPÍTULO 2 - PARTE II
PARTE II - Historiografia da Ordem DeMolay
1244 - Nascimento de Jacques DeMolay
1265 - DeMolay ingressa na Ordem dos Cavaleiros Templários
1298 - Jacques DeMolay é eleito Grão-Mestre da Ordem do Templo
1314 - Jacques DeMolay é queimado vivo por sua fidelidade.
1890 - Frank Sherman Land nasce em Kansas City, Missouri, em 21 de junho.
1912 - Iniciação de Land na Maçonaria, em 25 de maio.
1914 - Land começa a trabalhar na Divisão de Empregos do R.E.A.A.
1919 - Frank Land conhece Louis G. Lower e seus amigos, e nasce a idéia de um "Clube" para rapazes, em 19 de fevereiro.
# Os rapazes escolhem o nome "Conselho DeMolay" para o seu "Clube" em 24 de março.
# Primeira reunião do Conselho DeMolay em Kansas City, Mo, organizado pelo fundador Frank S. Land.
# Ritual é escrito por Frank A. Marshall e o nome oficial é mudado para Ordem DeMolay.
1920 - O segundo Capítulo é fundado em Omaha, Nebraska,
1921 - Primeira reunião do Grande Conselho da Ordem DeMolay que posteriormente se chamará Supremo Conselho Internacional .A partir desta data a Maçonaria passa a patrocinar a Ordem DeMolay.
1922 - Nascimento de Alberto Mansur, em 7 de setembro, em Vargem Alegre -RJ
1924 - Inicia o Programa de Representante DeMolay (RD).
1925 - Formação da Legião de Honra a mais alta honraria da Ordem
1929 - Fundação da Internacional DeMolay Alumni Association. Reorganizada em 1984
1933 - Franklin D. Roosevelt é nomeado primeiro Grande Mestre Honorário
1936 - O Grau de Chevalier é aprovado é feito primeiro ritual sem Frank Marshall.
1937 - Primeira concessão da "Founder's Cross" Honraria concedida somente por Frank Land, sendo o total de 135 O original "Hall da Fama DeMolay" é iniciado por Frank Land.
1946 - Aprovação da Ordem de Cavalaria (Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay)
1950 - Alberto Mansur inicia na Maçonaria.
1959 - Frank S. Land falece em 08 de novembro.
1967 - Primeiro Congresso DeMolay Internacional.
1969 - Celebração do Cinqüentenário da Ordem DeMolay.
1974 - Alberto Mansur é eleito Soberano Grande Comendador.
1980 - Fundação da DeMolay no Brasil, em 16 de agosto.
1985 - Instalação do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, em 12 de abril.
Primeira Corte de Chevaliers do Brasil é instalada (Corte Saldanha Marinho).
1986 - O "Hall da Fama" é reorganizado Primeiro Capítulo Local da Alumni Association.
1989 - Primeiro Congresso DeMolay Nacional.
1992 - Primeiro Sênior DeMolay eleito Presidente dos Estados Unidos da América (William J. "Bill" Clinton)
1993 - A Ordem de Cavalaria é trazida para o Brasil, com a Instalação do Convento Sir Percival de Gales, em 04 de setembro. No dia 27 de novembro, é concedido pela primeira vez no Brasil, o Prêmio de Representante DeMolay para Yatã Gomez Ferrer. No mesmo dia é concedido por vez primeira a Chave de Zorobabel ao Dr. Moacyr Arbex Dinamarco, SGC pela Instalação do Convento.
1994 - Comemorações dos 75 anos da Ordem DeMolay.
Fundação da Associação de Seniors DeMolays para o Brasil, em 05 de março.
Fundados os 3 primeiros Capítulos paraguaios, sob jurisdição do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil
1995 - Aniversário dos 15 anos de Fundação da DeMolay no Brasil.
Oficialização da Associação de Seniors DeMolays para o Brasil, em 18 de março.
1996 - Confirmada a fundação e instalação do primeiro Capítulo argentino, na cidade de Buenos Aires.
1997 - Na cidade de Balneário Camboriú ocorre o verdadeiro "I Congresso Nacional DeMolay no Brasil" nos dias 23, 24 e 25 de maio, sediado pelo Capítulo Luiz Zaguini n151.
1244 - Nascimento de Jacques DeMolay
1265 - DeMolay ingressa na Ordem dos Cavaleiros Templários
1298 - Jacques DeMolay é eleito Grão-Mestre da Ordem do Templo
1314 - Jacques DeMolay é queimado vivo por sua fidelidade.
1890 - Frank Sherman Land nasce em Kansas City, Missouri, em 21 de junho.
1912 - Iniciação de Land na Maçonaria, em 25 de maio.
1914 - Land começa a trabalhar na Divisão de Empregos do R.E.A.A.
1919 - Frank Land conhece Louis G. Lower e seus amigos, e nasce a idéia de um "Clube" para rapazes, em 19 de fevereiro.
# Os rapazes escolhem o nome "Conselho DeMolay" para o seu "Clube" em 24 de março.
# Primeira reunião do Conselho DeMolay em Kansas City, Mo, organizado pelo fundador Frank S. Land.
# Ritual é escrito por Frank A. Marshall e o nome oficial é mudado para Ordem DeMolay.
1920 - O segundo Capítulo é fundado em Omaha, Nebraska,
1921 - Primeira reunião do Grande Conselho da Ordem DeMolay que posteriormente se chamará Supremo Conselho Internacional .A partir desta data a Maçonaria passa a patrocinar a Ordem DeMolay.
1922 - Nascimento de Alberto Mansur, em 7 de setembro, em Vargem Alegre -RJ
1924 - Inicia o Programa de Representante DeMolay (RD).
1925 - Formação da Legião de Honra a mais alta honraria da Ordem
1929 - Fundação da Internacional DeMolay Alumni Association. Reorganizada em 1984
1933 - Franklin D. Roosevelt é nomeado primeiro Grande Mestre Honorário
1936 - O Grau de Chevalier é aprovado é feito primeiro ritual sem Frank Marshall.
1937 - Primeira concessão da "Founder's Cross" Honraria concedida somente por Frank Land, sendo o total de 135 O original "Hall da Fama DeMolay" é iniciado por Frank Land.
1946 - Aprovação da Ordem de Cavalaria (Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay)
1950 - Alberto Mansur inicia na Maçonaria.
1959 - Frank S. Land falece em 08 de novembro.
1967 - Primeiro Congresso DeMolay Internacional.
1969 - Celebração do Cinqüentenário da Ordem DeMolay.
1974 - Alberto Mansur é eleito Soberano Grande Comendador.
1980 - Fundação da DeMolay no Brasil, em 16 de agosto.
1985 - Instalação do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, em 12 de abril.
Primeira Corte de Chevaliers do Brasil é instalada (Corte Saldanha Marinho).
1986 - O "Hall da Fama" é reorganizado Primeiro Capítulo Local da Alumni Association.
1989 - Primeiro Congresso DeMolay Nacional.
1992 - Primeiro Sênior DeMolay eleito Presidente dos Estados Unidos da América (William J. "Bill" Clinton)
1993 - A Ordem de Cavalaria é trazida para o Brasil, com a Instalação do Convento Sir Percival de Gales, em 04 de setembro. No dia 27 de novembro, é concedido pela primeira vez no Brasil, o Prêmio de Representante DeMolay para Yatã Gomez Ferrer. No mesmo dia é concedido por vez primeira a Chave de Zorobabel ao Dr. Moacyr Arbex Dinamarco, SGC pela Instalação do Convento.
1994 - Comemorações dos 75 anos da Ordem DeMolay.
Fundação da Associação de Seniors DeMolays para o Brasil, em 05 de março.
Fundados os 3 primeiros Capítulos paraguaios, sob jurisdição do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil
1995 - Aniversário dos 15 anos de Fundação da DeMolay no Brasil.
Oficialização da Associação de Seniors DeMolays para o Brasil, em 18 de março.
1996 - Confirmada a fundação e instalação do primeiro Capítulo argentino, na cidade de Buenos Aires.
1997 - Na cidade de Balneário Camboriú ocorre o verdadeiro "I Congresso Nacional DeMolay no Brasil" nos dias 23, 24 e 25 de maio, sediado pelo Capítulo Luiz Zaguini n151.
CAPÍTULO 2 - PARTE I
PARTE I - A instalação do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil
A Ordem DeMolay se estabeleceu no Brasil graças aos esforços de Alberto Mansur, que tomou conhecimento da Ordem em 1970, em uma de suas viagens aos Estados Unidos, através da leitura do "The New Age - July 1969", comemorativo dos cinqüentenário da Ordem DeMolay. Percebendo a suma importância desta Instituição, e a necessidade de preencher uma vital lacuna na Maçonaria brasileira, o sonho de trazer a Ordem DeMolay para o Brasil foi despertado.
Após diversos contatos infrutíferos com o Supremo Conselho Internacional da Ordem DeMolay, Alberto Mansur conheceu pessoalmente em 1974, o Soberano Grande Comendador norte-americano George A. Newbury, que participava da VII Reunião dos Soberanos Grandes Comendadores das Américas, realizada no Rio de Janeiro, a quem revelou seu desejo de fundar a Ordem DeMolay no Brasil.
Logo após Newbury regressar ao seu país ocorreram os primeiros contatos do Supremo Conselho Internacional da Ordem DeMolay com o Brasil. O sonho estava se tornando realidade !
Alberto Mansur em seu primeiro relatório oficial como Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, anunciava como meta prioritária de sua gestão a criação da Ordem DeMolay no Brasil, iniciando um grande trabalho de divulgação da Ordem em toda a extensão do Território Brasileiro.
Passados cinco anos, sem êxito; ataque, pela manifestação do Destino, Alberto Mansur obteve a felicidade de conhecer em Boston, no ano de 1979, o então Grande Mestre Internacional C. C. "Buddy" Faulkner, Jr grande líder e entusiasta da Ordem DeMolay, que com grande visão, imediatamente confiou em Mansur, autorizando-lhe a fundar a Ordem DeMolay em nosso país, nomeando-lhe, em 06 de março de 1980, Membro do Supremo Conselho Internacional e Oficial Executivo da Ordem DeMolay para o Brasil.
Desta forma, foi decidido patrocinar o primeiro Capítulo da Ordem DeMolay no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, sob o patrocínio do Supremo Conselho do R.E.A.A., com o título de Capítulo Rio de Janeiro da Ordem DeMolay.
Os ventos da Ordem DeMolay varreram o país de tal modo que, com cinco anos de existência, foram instalados 25 novos Capítulos com mais de 3000 Iniciados. O seu desenvolvimento fortaleceu a idéia de autonomia da Instituição em terras brasileiras.
Em setembro de 1984, Alberto Mansur, encontrou-se com o Grande Mestre Internacional Don W. Wrigth em Boston, para acertar os interesses de instalar um Supremo Conselho no Brasil. Este seria o quinto Supremo Conselho da Ordem DeMolay no mundo, que além do Internacional, com sede nos Estados Unidos, existe Soberania na Austrália, Canadá e Filipinas.
A solene ocasião ocorreu em 12 de abril de 1985, com a presença de Don W. Wrigth e do Mestre Conselheiro Internacional Steven W. Borror. A histórica cerimônia foi realizada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, que possuiu seu ápice com a entrega da Carta Constitutiva do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, e a assinatura de um Tratado de Mútuo Reconhecimento e Fraternidade, reconhecendo, portanto, a partir daquele instante a Soberania e Autonomia da Ordem DeMolay no Brasil.
No dia posterior, 13 de abril, ocorreram diversas festividades pela instalação do Supremo Conselho, que foi oficializado com a posse e juramento de Alberto Mansur como Grande Mestre, no Templo Nobre do Supremo Conselho do R.E.A.A. Os demais Oficiais foram empossados, ocupando o cargo de Grande Secretário Geral, Wilton Cunha.
Hoje, existem mais de 500 Capítulos espalhados por todo país, com mais de 50.000 DeMolays; e inclusive, a Ordem já expandiu-se além de nossas fronteiras, com a fundação da DeMolay no Paraguai e brevemente na Argentina. Portanto está revelado que a Ordem DeMolay no Brasil é uma história de grande êxito.
Devemos, cada vez mais, levar a Ordem às mais longínquas regiões de nosso território, para que a DeMolay possa sempre florescer e prosperar a cada dia que passa !
A Ordem DeMolay se estabeleceu no Brasil graças aos esforços de Alberto Mansur, que tomou conhecimento da Ordem em 1970, em uma de suas viagens aos Estados Unidos, através da leitura do "The New Age - July 1969", comemorativo dos cinqüentenário da Ordem DeMolay. Percebendo a suma importância desta Instituição, e a necessidade de preencher uma vital lacuna na Maçonaria brasileira, o sonho de trazer a Ordem DeMolay para o Brasil foi despertado.
Após diversos contatos infrutíferos com o Supremo Conselho Internacional da Ordem DeMolay, Alberto Mansur conheceu pessoalmente em 1974, o Soberano Grande Comendador norte-americano George A. Newbury, que participava da VII Reunião dos Soberanos Grandes Comendadores das Américas, realizada no Rio de Janeiro, a quem revelou seu desejo de fundar a Ordem DeMolay no Brasil.
Logo após Newbury regressar ao seu país ocorreram os primeiros contatos do Supremo Conselho Internacional da Ordem DeMolay com o Brasil. O sonho estava se tornando realidade !
Alberto Mansur em seu primeiro relatório oficial como Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, anunciava como meta prioritária de sua gestão a criação da Ordem DeMolay no Brasil, iniciando um grande trabalho de divulgação da Ordem em toda a extensão do Território Brasileiro.
Passados cinco anos, sem êxito; ataque, pela manifestação do Destino, Alberto Mansur obteve a felicidade de conhecer em Boston, no ano de 1979, o então Grande Mestre Internacional C. C. "Buddy" Faulkner, Jr grande líder e entusiasta da Ordem DeMolay, que com grande visão, imediatamente confiou em Mansur, autorizando-lhe a fundar a Ordem DeMolay em nosso país, nomeando-lhe, em 06 de março de 1980, Membro do Supremo Conselho Internacional e Oficial Executivo da Ordem DeMolay para o Brasil.
Desta forma, foi decidido patrocinar o primeiro Capítulo da Ordem DeMolay no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, sob o patrocínio do Supremo Conselho do R.E.A.A., com o título de Capítulo Rio de Janeiro da Ordem DeMolay.
Os ventos da Ordem DeMolay varreram o país de tal modo que, com cinco anos de existência, foram instalados 25 novos Capítulos com mais de 3000 Iniciados. O seu desenvolvimento fortaleceu a idéia de autonomia da Instituição em terras brasileiras.
Em setembro de 1984, Alberto Mansur, encontrou-se com o Grande Mestre Internacional Don W. Wrigth em Boston, para acertar os interesses de instalar um Supremo Conselho no Brasil. Este seria o quinto Supremo Conselho da Ordem DeMolay no mundo, que além do Internacional, com sede nos Estados Unidos, existe Soberania na Austrália, Canadá e Filipinas.
A solene ocasião ocorreu em 12 de abril de 1985, com a presença de Don W. Wrigth e do Mestre Conselheiro Internacional Steven W. Borror. A histórica cerimônia foi realizada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, que possuiu seu ápice com a entrega da Carta Constitutiva do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, e a assinatura de um Tratado de Mútuo Reconhecimento e Fraternidade, reconhecendo, portanto, a partir daquele instante a Soberania e Autonomia da Ordem DeMolay no Brasil.
No dia posterior, 13 de abril, ocorreram diversas festividades pela instalação do Supremo Conselho, que foi oficializado com a posse e juramento de Alberto Mansur como Grande Mestre, no Templo Nobre do Supremo Conselho do R.E.A.A. Os demais Oficiais foram empossados, ocupando o cargo de Grande Secretário Geral, Wilton Cunha.
Hoje, existem mais de 500 Capítulos espalhados por todo país, com mais de 50.000 DeMolays; e inclusive, a Ordem já expandiu-se além de nossas fronteiras, com a fundação da DeMolay no Paraguai e brevemente na Argentina. Portanto está revelado que a Ordem DeMolay no Brasil é uma história de grande êxito.
Devemos, cada vez mais, levar a Ordem às mais longínquas regiões de nosso território, para que a DeMolay possa sempre florescer e prosperar a cada dia que passa !
Iniciação
Colocam- te para refletir
Sobre o que já fez e não fez na vida.
Fazem- te gradativamente sentir
Que a Morte a teu ser profano convida.
Com badaladas te recebem,
Se adentrar mereceres,
Mostram-te que o bem
É teu dever fazeres.
Perfazes o simbólico caminho,
Guiado por um pássaro celestial.
Pode até pensares estar sozinho,
Mas preceptores, encontra teu ser carnal.
Quando completas a jornada,
Já juraste e muito aprendeste.
Em cada candelabro que vês, uma chama dourada
Simboliza virtudes que praticaste.
Palavras, gestos e símbolos passam-te
Os bons de altivo coração.
Luzes os deuses lançam-te...
Saíste definitivamente da escuridão.
O porvir a ti pertencerás:
Caberá a ti o lapidar.
Neófito, muito a aprender terás
E deverás nunca mais a sombra voltar.
O real segredo disso tudo
É o que nos trabalhos sentiste.
Importante quedares mudo
Sobre os rituais por que passaste.
Thibaud Gaudin "
O que é Iniciação?
No livro “Regressão e Espiritualidade” já realizamos uma explanação sobre a Iniciação. Dissemos que a iniciação é, em essência, um processo de morte e renascimento. Mas não a morte do corpo físico, mas a morte de aspectos inferiores de nossa natureza, para que o “novo homem”, como se refere a Bíblia, possa nascer a partir do velho. É quando passamos de um estado a outro; quando mudamos nosso modo de enxergar a vida a partir de uma nova perspectiva; quando enfrentamos uma provação séria, algo em nós entra em colapso, nosso psiquismo se desorganiza e, diante do caos, adentramos no mais profundo de nosso interior para buscar os recursos latentes e trazer à tona uma outra forma de organização da consciência, mais elevada e plena, transcendendo o velho e ao mesmo tempo o incluindo. Nesse momento, podemos dizer que, ao menos em parte, passamos por uma iniciação em nossa vida.
Para que esse ponto fique mais claro, vamos recorrer a exemplos conhecidos na História: as tentações de Jesus são a figuração mais conhecida de um processo iniciático. Para se tornar o Cristo, Jesus teve que enfrentar aquilo que ficou conhecido como o diabo. Buddha teve que enfrentar Maia, o demônio das ilusões. Orfeu precisou descer nos infernos e enfrentar Hades. Os xamãs descem aos reinos inferiores, são estraçalhados pelas entidades negativas, cortados e fragmentados, sofrendo toda sorte de impactos em seu ser para emergir dentro de uma nova forma de organização psíquica. No egito, os iniciandos eram colocados num sarcófago e experimentavam uma “morte simbólica”, onde eram levados a conhecer seu ser mais real e essencial e assim gravar essa consciência para sempre, até mesmo nas suas vidas futuras.
Muitas iniciações dentro de diferentes povos vai seguir este mesmo padrão. O adepto se coloca na posição de ser provado, então alguma ruptura ocorre, ele entra num estado de consciência mais profundo, há uma descida à zonas inferiores, ou seja, ele se depara com um estado de consciência de intensa negatividade, enfrenta o chamado “guardião do portal” ou “habitante do limiar”, trava algum tipo de disputa e após consumada a vitória, ele ascende em consciência adquirindo uma verdade sobre si mesmo e sobre o universo. Uma nova perspectiva se abre e tudo lhe parece incrivelmente mais claro e despido de ilusões.
E o que é este guardião do portal? Segundo Dion Fortune, o guardião do umbral, ou habitante do limiar, é o somatório de todas as nossas encarnações passadas, todos os nosso erros e todo o karma acumulado vem ao encontro da pessoa numa energia personificada. Assim, o habitante do limiar é a energia do nosso karma que proibe a passagem de um estado a outro. Geralmente é encontrado em iniciações. O iniciando deve vencer o guardião, que implica em vencer sua natureza inferior e conquistar a maestria de si mesmo. Ou seja, o guardião do portal é uma projeção de nossas próprias imperfeições, que devem ser vencidas pelo iniciados quando este se submete ao teste onde deverá canalizar todas as suas energias para vencer sua própria escuridão.
Por outro lado, o guardião também é encarado como um personagem, simbólico ou real, espírito ou ser de hierarquia, que guarda certo portal de acesso aos mistérios maiores, ou seja, a um conhecimento muito mais profundo, que traz nova perspectiva de vida, nova visão dentro de um novo panorama existencial. Assim, o guardião é um ser que zela para que nenhuma pessoa que não seja merecedora de ultrapassar o portal consiga seu intento.
Rene Guenon, grande expoente das tradições de sabedoria da atualidade, explica o significado da Iniciação: “A iniciação tem fundamentalmente por objetivo ultrapassar as possibilidades desse estado [o estado individual humano] e de tornar efetivamente possível a passagem a estados superiores, e mesmo, finalmente, conduzir o ser para além de qualquer estado condicionado, seja ele qual for.”
Tudo indica que os maiores mistérios iniciáticos tenham vindo do Egito. Apesar de muitos egiptólogos negarem veementemente um conhecimento dito mistérico egípcio, alguns outros egiptólogos dão sustentação a essa hipótese. Os egiptólogos que lutam contrariamente a essa idéia argumentam que não há qualquer vestígio dos mistérios, nem em textos e tampouco em palavras egípcias que indiquem o sentido de um mistério arcano. Porém, como esperar que esse conhecimento sagrado e secreto, que seria velado zelosamente pelos grandes sacerdotes através dos milênios contivesse indicações explícitas de sua existência? Se o conhecimento é secreto, ele se torna mais difícil de ser procurado e comprovado, ainda mais se lembrarmos que estamos nos referindo a um saber ancestral multimilenar.
Podemos até mesmo ir além e considerar que a sabedoria dos egípcios é herdeira do conhecimento trazido da Atlântida, através do grande êxodo que promoveu as maiores migrações humanas de toda a História conhecida e desconhecida. A Tradição espiritual e algumas Ordens iniciáticas ensinam que, após a destruição do grande continente que submergiu após as guerras mágicas, os atlantes que previram a catástrofe conseguiram escapar pelo mar e viajaram a todos os continentes do mundo, fundando organizações que divulgaram a sabedoria iniciática da História da Atlântida.
Há inclusive um mito conhecido entre os povos tribais da Austrália que fala a respeito de grandes peregrinações de seus antepassados. Nesse época, considerada por eles como o “tempo do sonho” (alcheringa) esses seres quase “sobrenaturais” surgiram na Terra e realizaram viagens cansativas e de grande alcance ao redor do mundo. Conta o mito que, além de modificarem algumas paisagens por onde passavam, os seres também produziam certos animais ou plantas, e posteriormente, não se sabe como, eles desapareceram debaixo da terra. Seria esta uma narração real, porém exposta numa linguagem mítica, sobre os atlantes em suas viagens quando estes utilizaram seus conhecimentos mágicos e genéticos? Seriam os próprios australianos tribais descendentes dos ensinamentos atlantes e teriam eles guardado a sua memória?
Segundo Mircea Eliade, há três tipos básicos de iniciação, que diferem segundo seus objetivos, efeitos e alcance. O primeiro diz respeito a passagem da infância ou adolescência à idade adulta, muito comum em grande número de religiões tribais. Essas iniciações também são conhecidas como “ritos de passagem”, marcando etapas de amadurecimento do membro da tribo em sua ascenção à condição de adulto. Esses ritos iniciatórios podem ser encontrados em iniciações de adolescentes nos tempos pré-históricos (gruta de Montespan, 13.500 A.C.); na iniciação dos jovens na Grécia arcaica; na iniciação de upanaynma, no Hinduísmo; a iniciação dos índios mandan; as iniciações da áfrica negra entre os bambaras, dentre várias outras.
O segundo tipo de iniciação refere-se aos ritos de adesão a uma sociedade secreta, assimilando o influxo de sua egrégora, ou seja, do seu conjunto de símbolos, pensamentos, sentimentos, energias e essência, a reuniao de todas as potencialidades sutis que caracterizam uma organização no nível espiritual, conectando o novo adepto sintonizado à energia de todos os Mestres e iniciados que nos precederam e que vivem no plano imaterial. Isso ocorre dentro do âmbito de uma ordem, fraternidade ou confraria de iniciados. São exemplos a franco-maçonaria, a Rosacruz primitiva, as fraternidades druidicas, a ordem pitagórica, a Ordem dos Templários, a Ordem dos Drusos, a Ordem do Olho de Hórus de Alexandria dentre várias outras.
O terceiro tipo, sem dúvida o mais elevado, é aquela iniciação que conduz o adepto a uma experiência de intensa vivacidade dos princípios da vida; ele sente a unidade com a vida e com tudo o que nela contém, tratando-se de uma experiência rara dentro da realidade comum da maioria. Jesus descreveu de forma simples essa experiência quando disse: “Eu e o Pai somos Um”.
De acordo com Theon de Esmirda, que escreveu sobre os mistérios no século II D. C. a iniciação é constituída de cinco partes. A purificação (selecionar aqueles que realmente desejam o mistério daqueles que ainda estão impuros em pensamentos e intenção); a tradição das coisas sagradas, é a iniciação propriamente dita. Depois vem a plena visão, um grau superior de iniciação. A quarta, que é o fim e o objetivo da plena visão é a ligadura das cabeças e a imposição das coroas, que tem como objetivo preparar aquele que obteve a visão e o contato com a tradição possa transmiti-la ao mundo. Enfim, a quinta é considerada o coroamento de todas as precedentes, é ser amigo de Deus e gozar a felicidade que consiste em viver uma comunicação natural com Ele. Esse é o ponto onde o esoterismo, a iniciação e o misticismo se encontram. É o ápice da experiência religiosa: o sentimento de que o ser e Deus são uma unidade.
Nos dias atuais, há algumas organizações iniciáticas que preservam essa sabedoria ancestral e podem conferir iniciações autênticas, através de uma linhagem iniciática tradicional. Aqui encontramos uma certa polêmica. Em que consiste uma linhagem iniciática tradicional? Os iniciados respondem que uma linhagem iniciática é criada pelo primeiro grande iniciador e este confere sua primeira iniciação. É muito dificil definir o que é transmitido de iniciado a iniciado ao longo dos séculos, mas acredita-se que a transferência é de um certo poder que estabelece uma ligação à uma egrégora verdadeiramente tradicional, ou seja, tendo princípio num iniciado que deu o primeiro impulso de energia e consciência a uma certa tradição. Poucos sabem disso, mas um ótimo exemplo de iniciado foi Jesus, considerado o primeiro iniciador do cristianismo, tradição iniciática que foi fundada por ele mesmo, tendo posteriormente sido criada a Gnose, outro movimento iniciático e místico
Sua linhagem iniciática manteve-se viva através de dois milênios e alguns iniciados atuais são os portadores dessa chama sagrada. Encontramos essa mesma referência no Caibalion: “Não deixes apagar esta chama, mantida de século em século, nesta escura caverna, nesse templo sagrado. Não deixes apagar esta divina chama.”
Muito se fala das organizações que preservam essa sabedoria iniciática, mas onde podemos encontrar seus ecos na História? As principais organizações iniciáticas conhecidas na História são os mistérios do Egito, na grande pirâmide de Queophs e nos vários centros iniciáticos, como Saís, Busíris, Bubástis, Papremes, Ombos, Abidos. Os mistérios de Elêusis, na Grécia; os mistérios Órficos, também na Grécia; os mistérios de Mitra, em Roma; os mistérios do druidismo (povo Celta), na Gália e Irlândia; os mistérios dos Essênios, próximos de Jerusalém; algumas seitas gnósticas antigas; a corrente esotérica do Shingon budista, das palavras secretas (mantras) e da Yoga dos três mistérios; a Ordem dos drusos, entre o Líbano, a Síria e Israel; a tradição da cabala hebraica, movimento esotérico dentro do Judaismo; a confraria dos dervixes dançarinos do Sufismo, o esoterismo árabe; a corrente mística dos cátaros, o esoterismo dentro do Cristianismo; a franco-maçonaria, que dizem ser herdeira da sabedoria iniciática do Templo de Salomão e Hiran Abiff; o esoterismo da escola pitagórica de Crotona; os mistérios da Ordem dos Templários; os mistérios da Ordem da Rosacruz Primitiva, dentre outros.
Iniciação e Magia
E quais seriam as principais diferenças entre a iniciação e a magia? O mago visa utilizar as forças e energias universais e não necessariamente desenvolvê-las em si mesmo. Nesse ponto identificamos a principal diferença entre a magia e o a prática da iniciação espiritual. Enquanto a magia se concentra no controle do mundo natural e das entidades de vários tipos, a iniciação tem como objetivo buscar o controle de nossa própria energia para o despertar de nossa consciência. O iniciado desenvolve dentro de si as energias que o mago canaliza fora de si. A iniciação é uma via interna, um caminho que seguimos dentro de que e que tem reflexos fora de nós. A magia é uma via externa, que busca o contato com essas energias, espíritos e outras forças naturais para que seu caminho seja trilhado com maior domínio. O mago busca o poder para depois pensar no seu crescimento. O iniciado busca seu crescimento e o poder é apenas uma consequência.
O mago visa controlar as condições externas para viver bem e conseguir objetivos e não necessariamente para crescer e se melhorar. Alguns magos visam a sua evolução espiritual após a conquista de certo controle das forças naturais, porém, este caminho é extremamente mais propício ao erro, pois a tendência é a acomodação e a estagnação dentro do controle obtido. Além disso, a inteligência divina apenas mantém essa estabilidade com o respectivo controle por um tempo. Tão logo o mago vem a se fixar num estilo de acomodação, as leis naturais tratam de criar certa instabilidade para confrontar o conformismo que ele mesmo criou.
O iniciado, por seu turno, aceita a imprevisibilidade da vida como parte integrante das condições naturais do mundo e procura o equilíbrio tanto na tempestade quanto na bonança. O iniciado não domina as condições externas intencionalmente, mas esse domínio é diretamente proporcional ao domínio que obtém em seu terreno interior, de onde brota a ordem ou o caos. O iniciado julga o exterior como um reflexo do interior. Assim, se concentra na harmonia que vem de dentro para que esta se projete para o mundo e crie nele a harmonia que ele já possui internamente.
Outra diferença essencial entre o iniciado e o mago, que se faz de suma importância ressaltarmos aqui, é a que concerne ao método de interagir com os planos superiores da consciência universal. Tanto o mago quanto o iniciado sabem que o universo é multidimensional, ou seja, foi criado dentro de uma hierarquia de planos ou camadas concêntricas que representam estados de consciência mais ou menos elevados. Tendo consciência da natureza do universo dividida em planos superiores e inferiores, o mago vai procurar interagir com os planos superiores, da mesma forma que o iniciado. Isso é de grande valor espiritual, pois os planos mais elevados detêm potencialidades que os planos inferiores não possuem.
Assim, qual é a postura do mago? O mago procura fazer, mediante técnicas e capacidades diversas, que os planos imediamente superiores desçam até ele e se apresentem de uma forma conscientizável, ou seja, perceptível e inteligível em sua consciência concreta e objetiva. Esse é o caso do mago teurgista, que entra em contato com seres de hierarquia de níveis cósmicos, como anjos, devas, gênios e outros. Esses seres apresentam-se a ele e assim o contato se estabelece. E o que faz o iniciado? Ao contrário de forçar a descida das forças superiores, o iniciado procura ascender ao nível mais elevado e comungar mais diretamente com a energia e a consciência própria desses planos cósmicos. Enquanto o mago faz descer à manifestação algo superior, o iniciado transmuta-se nesse mesmo algo superior, procura despertar o elevado dentro dele mesmo, e assim a relação se estabelece de forma direta e fluida.
As iniciações visam o despertar gradual dos poderes latentes na alma. Com maior ênfase, as diferentes iniciações ao longo do percurso objetivam o desenvolvimento dos centros psíquicos do homem, ou seja, seus chakras, os sete vórtices de energia e consciência que estão ligados aos sete vórtices ou centros de vibração primordial do cosmos. Quando o iniciado desenvolve um desses centros, através de práticas que podem durar anos, décadas e até várias existências no plano físico estudando e praticando nas escolas de mistério, ele passa a manifestar toda a vibração desse centro cósmico, e a partir disso, como conseqüência, passa a se integrar dentro de um dos sete principais “Aspectos” da Consciência Cósmica. Reunidos, esses centros formam um único centro total, uma unidade de criação divina que tudo anima e tudo permeia. O iniciado descobre em si mesmo o poder que o mago tenta descobrir e ativar fora de si, através das forças, energias e consciências que rodeiam o mago. O mago canaliza de fora, o iniciado canaliza a partir de dentro.
(HUGO LAPA)
Atendimento com Terapia de Vidas Passadas no Rio de Janeiro e em São Paulo.
TRIBUTO AO TIO LUIZ GONZAGA NASCIMENTO "REI DO BAIÃO"

História
Luiz Gonzaga nasceu em Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1919. Foi um compositor popular. Aprendeu a ter gosto pela música ouvindo as apresentações de músicos nordestinos em feiras e em festas religiosas. Quando migrou para o sul, fez de tudo um pouco, inclusive tocar em bares de beira de cais. Mas foi exatamente aí que ouviu um cabra lhe dizer para começar a tocar aquelas músicas boas do distante nordeste.
Pensando nisso compôs dois chamegos: "Pés de Serra" e "Vira e Mexe". Sabendo que o rádio era o melhor vínculo de divulgação musical daquela época (corria o ano de 1941) resolveu participar do concurso de calouros de Ary Barroso onde solou sua música “ Vira e Mexe” e ganhou o primeiro prêmio. Isso abriu caminho para que pudesse vir a ser contratado pela emissora Nacional.
No decorrer destes vários anos, Luiz Gonzaga foi simbolizando o que melhor se tem da música nordestina. Ele foi o primeiro músico assumir a nordestinidade representada pela a sanfona e pelo chapéu de couro. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz.
Nos seus vários anos de carreira nunca perdeu o prestígio, apesar de ter se distanciado do palco várias vezes. Os modismos e os novos ritmos desviaram a atenção do público, mas o velho Lua nunca teve seu brilho diminuído. Quando morreu em 1989 tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 87 e tocou em Paris em 85. Seu som agreste atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado pelo povo e pela mídia.
Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo como nordestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião). Talvez por isso tudo tenha chegado onde chegou. Era a representação da alma de um povo...era a alma do nordeste cantando sua história...E ele fez isso com simplicidade e dignidade. A música brasileira só tem que agradecer...
Foi escolhido o Pernambucano do Século XX.
Maçonaria
Em 03 de abril de 1971, o irmão Luiz Gonzaga é iniciado na Maçonaria, na A\R\L\S\ "Paranapuan" Nº 1477, do Grande Oriente do Brasil, Or\ da Ilha do Governador, do Rito Moderno" ou "Francês". Elevado ao Grau de Companheiro Maçom, em 14 de dezembro de 19710pt e Exaltado ao Grau de Mestre Maçom, em 05 de dezembro de 1973. Tendo como seu "padrinho" o irmão Florentino Guimarães, membro do quadro da Loja "Paranapuan".
Na Maçonaria dos Altos Graus ou Filosóficas, foi iniciado no Grau 4, em 10 de agosto de 1984. No Sub\ Cap\ "Paranapuan", jurisdicionado ao Supremo Conselho do Brasil para o R\E\A\A\.
A música "Acácia Amarela" nasceu em 1981. O irmão Luiz Gonzaga, achando oportuna uma homenagem musical à Maçonaria, elaborou a letra e o tema musical. O irmão Orlando Silveira deu algumas sugestões e harmonizou a melodia. Concluído o trabalho, a gravação foi feita em 1981, e incluída no elenco do CD "Eterno Cantador", da etiqueta "BMG-RCA", com arranjo de "Orlando Silveira e execução vocal de Luiz Gonzaga".As Lojas Maçônicas, deveriam incluir “Acácia Amarela”, no repertório de suas colunas de Harmonia, prestando assim, uma justa homenagem.
A letra da música é a seguinte:
ELA É TÃO LINDA
É TÃO BELA
AQUELA ACÁCIA AMARELA
QUE A MINHA CASA TEM
AQUELA CASA DIREITA
QUE É TÃO JUSTA E PERFEITA
ONDE EU ME SINTO TÃO BEM
SOU UM FELIZ OPERÁRIO
ONDE AUMENTO DE SALÁRIO
NÃO TEM LUTA NEM DISCÓRDIA
ALI O MAL É SUBMERSO
E O GRANDE ARQUITETO
DO UNIVERSO
É HARMONIA É CONCORDIA
É HARMONIA É CONCORDIA.
O G\A\D\U\ nos seus desígnios, requisitou o irmão Luiz Gonzaga para uma outra missão.
Sofrendo de Neoplasia Maligna (Câncer de Próstata Metastático?), passou dias internado no "Hospital Santa Joana", na cidade de Recife. Agravados seus males físicos, viajou para o Oriente Eterno na madrugada de 2 de agosto de 1989, com 76 anos de idade, em conseqüência de parada cardíaca por pneumonia.
Sob comovente manifestação popular, seu corpo foi velado na cidade do Recife, Capital do Estado de Pernambuco, e transportado inicialmente para a cidade de Juazeiro do Norte, no vizinho Estado do Ceará, onde recebeu as bênçãos do Padre Cícero de quem era muito devoto, e daí para sua cidade natal, em Exu, interior de Pernambuco, onde foi sepultado.
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